O Bebê de Rosemary

"O Bebê de Rosemary" (1968), terror da melhor estirpe, do genial Roman Polanski, é um dos filmes mais intensos e bem acabados em termos de narrativa que vi nos últimos tempos.
O filme vai num crescente, sem pressa, até o final, que apesar dos sinais evidentes, consegue surpreender. Um final, diga-se, capaz de dividir as platéias que desejam sempre um trunfo do bem contra o mal e uma reviravolta provocada pela vítima a seu favor.
A vítima aqui, e protagonista, é Mia Farrow, jovem, bela e magérrima. Ela é esposa do personagem de John Cassavetes. Depois que o casal se muda para um prédio antigo e cheio de histórias, fazem amizade com os vizinhos, dois velhos que se mostram mais amigáveis do que o desejado.
Mais adiante, a jovem fica grávida e desconfia que pode ser vítima de um complô de bruxos (que pode ou não envolver seu próprio marido), para que ela dê à luz o filho do demônio.
O filme começa leve e romântico e vai ganhando intensidade até chegar ao ponto de causar calafrios aos mais corajosos. Tudo isso sem mostrar nada além de uma trama marcada por terror psicológico e atuações impressionantes de Mia, Cassavetes e dos atores Ruth Gordon e Sidney Blackmer, que interpretam o casal de velhos, os Castlevet.
É curioso perceber como um grande número de filmes que veio depois bebem neste clássico de Polanski. Para citar dois exemplos recentes, temos a comédia mediana "Duplex", que é uma clara homenagem ao filme, pelo lado da comédia, e o ótimo e sombrio "Água Negra", de Walter Sales.
Título Original: Rosemary's Baby/ Direção: Roman Polanski/ Roteiro: Roman Polanski, baseado em livro de Ira Levin/ Mia Farrow, John Cassavetes, Ruth Gordon, Sidney Blackmer.
Nota: 9/10.
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