Tuesday, March 20, 2007

Xeque-Mate

Ok, "Xeque-Mate" tem seus pontos fortes, embora seja pretensioso além da conta ao se mostrar como um entretenimento de complexidade quando, muitas vezes, o longa é apenas confuso. O filme tem um início arrastado e enrolado até chegar ao ponto onde a trama começa a andar: o momento em que o personagem de Josh Hartnett aparece.
Ele é confundido com um amigo e, em seu lugar, deve se submeter a dois poderosos chefes do crime que se odeiam, o Chefe (Morgan Freeman) e o Rabino (Ben Kingsley). Bruce Willis é um assassino de aluguel frio e metódico contratado para limpar a sujeira de um lado e de outro. Há ainda uma sensual vizinha, Lucy Liu, que vai ajudar o personagem de Hartnett, mas pode ser vítima nas mãos do seus inimigos.
O ritmo da narrativa é rápido, os diálogos são velozes e bem escritos. Pululam citações de filmes e piadinhas. Há um bom aproveitamento e exploração de flashbacks que ajudam a explicar a trama e as motivações dos personagens. Há inúmeras reviravoltas que vão desenhando o grande segredo do filme - só revelado nos instantes finais, claro. Apesar do clima de humor constante se revezando com as cenas violentas, o filme não se decide por uma coisa nem por outra.
Os chefes do crime vividos por Freeman e Kingsley, apesar da sensação de piloto automático, ganham contorno tridimensional graças à experiência da dupla.
Hartnett, repetindo a parceria com o diretor Paul McGuigan (eles fizeram "Paixão à Queima Roupa"), continua sendo um garoto com pouca expressão dramática. Lucy Liu, que anda fazendo um filme atrás do outro, para variar, está linda e muito bem, obrigado. Willis é willis, não decepciona, mas também não oferece nada demais. Aqui parece brincar com os tipos que já fez ao longo da carreira.

Título original: Lucky Number Slevin/ Direção: Paul McGuigan/ Roteiro: Jason Smilovic/ Elenco: Josh Hartnett, Bruce Willis, Lucy Liu, Morgan Freeman e Ben Kingsley.

Nota: 6/10.

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